Qualquer dia desses ainda pego o meu carro e sumo daqui. Vou aonde der a gasolina. Daí em diante ando a pé, até encontrar carona em carro de boi. Suspendo o meu ódio e salto num vale inatingível. Percorrerei a mata e me embrenharei por ela até chegar numa árvore, a mais alta, e tirar um cochilo jóia.
Na chuva que os dias trouxerem, Esquecerei de contá-los, Perderei seus nomes e sequência Chamarei do que quiser : Dia Vento, Dia de Sono, Dia Sem Graça, Dia, Areia e Pó
Os vícios e obrigações, Responsabilidades, relógios e cordões, Serão pesadelos que nem lembrarei Palavras se perderão, outros símbolos virão: Pedra cortada, o mato achatado, a seta no chão
Descivilização
Na chuva dos dias, meu nome vai fugir Escorrer pela terra, até que as plantas o suguem Aí ele será uma presença inaudível em todo lugar Como algo tão notório e que, por isso, não precisa se falar Sol sem brilho, luz sem cor
Descivilização
Porque a vida é passageira; e a morte, o trem.
Compositores: Alvaro Prieto Lopes (Alvaro) (UBC), Andre Fernandes Leite da Luz (Sheik) (UBC), Bruno Castro Gouveia (Bruno) (UBC), Carlos Augusto Pereira Coelho (Carlos Coelho) (UBC), Carlos Beni Carvalho de Oliveira Borja (Beni) (UBC), Miguel Flores da Cunha (Miguel) (UBC)Editor: Universal Music Publishing Mgb Brasil Ltda (UBC)Publicado em 1991 (22/Jul) e lançado em 1991 (01/Jul)ECAD verificado obra #120548 e fonograma #847635 em 03/Abr/2024 com dados da UBEM