Eu nasci lá no sertão E não nego a minha origem Moro numa palhoça E conservo a mata virgem Lá o ar é mais puro Eu não respiro fuligem Como fruta sem veneno As doenças não me atingem
Levanto de madrugada Olho para o céu que brilha Pra caçar bicho mateiro Que deixar rastro na trilha Eu não tenho arma de fogo Uso flecha e armadilha Porque tiro espanta a fauna Que no meu quintal fervilha
Nas noites que não tem lua Pra espantar a solidão Eu faço versos rimados Sob a luz do lampião A minha viola é de cocho Eu mesmo que fiz à mão Tiro acordes tão bonitos E canto com emoção
Eu não faço pescaria Em tempos de piracema Os peixes na cachoeira É uma beleza suprema Também gosto do cerrado Onde canta a seriema Pertenço à natureza Eu sou matuto da gema
Compositores: Ademar Braga Pinto (Ademar Braga) (ABRAMUS), Antonio Borges de Alvarenga (Cacique) (ABRAMUS), Edilson Miranda Faria (Joao Miranda) (UBC)Publicado em 2015 (25/Mar) e lançado em 2015 (26/Abr)ECAD verificado obra #13536687 e fonograma #10577524 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM