Antes de atirar o vaso na tv Eu ouvi o que ela dizia "Quando não houver mais amanhã Será um belo dia"
Estranha coisa pra se dizer Antes de dizer os números da loteria Mas é assim que eles fazem E fazem muito bem
E nós não fazemos nada, nada, nada Nada além Além do mito Que limita o infinito
E da cegueira Dos guardas da fronteira
Além do mito que limita o infinito E da cegueira Dos guardas da fronteira
Antes de atirar minha tv pela janela Eu ouvi o que ela dizia "Quando não houver mais ninguém Será um belo dia"
Estranha coisa pra se dizer Antes de vender mais mercadoria Mas é assim o mundo que nos cerca Nos cerca muito bem E as crises e cicatrizes Não nos deixam ir além
Além do mito Que limita o infinito E da cegueira Das barreiras das fronteiras
Falado:
Foi então que eu resolvi jogar As cartas na mesa e o vaso pela janela Só pra ver o que acontece na vida Quando alguém faz o que quer com ela
Acontece que eu não tenho escolha Por isso mesmo é que eu sou livre Não sou eu o mentiroso Foi Sartre quem escreveu o livro
Não sou afim de violência Mas paciência tem limite Além do mito que limita o infinito
Além do dia-a-dia Que esvazia a fantasia Além do mito que limita o infinito Além do dia-a-dia
Compositor: Humberto Gessinger (UBC)Editor: Warner (UBC)Publicado em 2017 (01/Jun) e lançado em 1987 (02/Jan)ECAD verificado obra #1312947 e fonograma #13518456 em 04/Abr/2024 com dados da UBEM