Com as horas crio cordas que esticam sem limite me sento do outro lado esperando arrebentar E como quase tudo que eu não posso tocar eu quero o amor? Quero Quero tanto que antecipo a alegria final deixo a linha queimar minhas mãos Uma colcha de retalhos, eu remendo então Desperto em outras vias e sinto de mim brotar vontades ávidas, tão frágeis de pensar Valente como tudo que só posso sonhar me entrego Tento ver e não consigo…é o amor afinal Nova vida a tomar minha mãos Como um grão numa ampulheta Fui deserto em vão Ver tudo tomar forma, é lamber a cria Soltar a pipa no ar Ás vezes nem dá pra acreditar que era o amor por trás de tudo isso Toda mudança que me leva, nos pega, arrebata que me mata de rir Soltar a pipa no ar