Meu sertão vai se acabando Nessa vida que o devora Pelas trilhas só se vê Gente boa indo embora
Mas a estrada não terá O meu pé pra castigar Meu agreste vai se secando E com ele eu vou secar
Pra que me largar no mundo Se nem sei se vou chegar A virar em cruz de estrada Prefiro ser cruz por cá
Ao menos o chão que é meu Meu corpo vai adubar Se, doente, sem remédio Remediado está
Nascido e criado aqui Sei de espinho onde dá Pobreza por pobreza Sou pobre em qualquer lugar
A fome é a mesmo fome Que vem me desesperar E a mão é sempre a mesma Que vive a me explorar
Compositor: Luiz Gonzaga do Nascimento Junior (Gonzaguinha) (UBC)Editor: Warner (UBC)Publicado em 2022 (26/Mai) e lançado em 1989 (01/Mai)ECAD verificado obra #54068 e fonograma #33896239 em 03/Abr/2024 com dados da UBEM