Se dez batalhões viessem à minha rua E vinte mil soldados batessem à minha porta À sua procura Eu não diria nada Porque lhe dei minha palavra
Teu corpo branco já pegando pêlo Me lembra o tempo em que você era pequeno Não pretendo me aproveitar E de qualquer forma quem volta Sozinho p'rá casa sou eu
Sexo compra dinheiro e companhia Mas nunca amor e amizade, eu acho E depois de um dia difícil Pensei ter visto você Entrar pela minha janela e dizer - Eu sou a tua morte Vim conversar contigo Vim te pedir abrigo Preciso do teu calor
Eu sou Eu sou Eu sou a pátria que lhe esqueceu o carrasco que lhe torturou o general que lhe arrancou os olhos o sangue inocente de todos os desaparecidos
O choque elétrico e os gritos - Parem por favor, isso dói
Eu sou Eu sou Eu sou a tua morte Vim lhe visitar como amigo Devemos flertar com o perigo Seguir nossos instintos primitivos Quem sabe não serão estes Nossos últimos momentos divertidos?
Eu sou a lembrança do terror De uma revolução de merda De generais e de um exército de merda Não, nunca poderemos esquecer Nem devemos perdoar Eu não anistiei ninguém
Abra os olhos e o coração Estejamos alertas Porque o terror continua Só mudou de cheiro E de uniforme
Eu sou a tua morte E lhe quero bem Esqueça o mundo, vim lhe explicar o que virá Porque eu sou, eu sou, eu sou
Compositores: Eduardo Dutra Villa-lobos (ABRAMUS), Marcelo Augusto Bonfa (UBC), Renato Manfredini Junior (Renato Russo) (ABRAMUS)Editores: Coracoes Perfeitos Edicoes Musicais Ltda. (ABRAMUS), Legiao Urbana Producoes Artisticas Ltda. (ABRAMUS)Administração: Sony Music (UBC)Publicado em 1997 (03/Jun) e lançado em 1997 (01/Jul)ECAD verificado obra #2036064 e fonograma #937445 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM