Vai longe o tempo Em que, se a noite era de prata, Violões em serenata Tingiam o céu de amor.
E a morena Da janela ou do balcão, Se gostava da canção, Sorria ao trovador
Hoje a morena Vive em copacabana E todo bairro engalana Lá de um décimo andar
Vai, quando é noite, À boate ou ao cinema. E nem se lembra, que pena Da existência do luar
Antigamente à luz fosca De um lampeão, Uma trova, uma canção: Era o quanto bastava
Pois, a morena, Relembrando o amor primeiro Abraçava o travesseiro E docemente sonhava
Mas, hoje o som De um plangente violão Não transpassa o edredon Que o seu corpo acaricia
E que fazer Não pode haver retrocesso. Ante a força do progresso Meu violão silencia.
Compositor: Adelino Moreira de Castro (Adelino Moreira) (SBACEM)Editor: Cap Music Edicoes Ltda Epp (UBC)Publicado em 2007 (16/Fev) e lançado em 1957ECAD verificado obra #25979 e fonograma #1154606 em 03/Abr/2024 com dados da UBEM