Em um mil e novecentos No estado da Bahia Um ricaço fazendeiro Por nome de Jeremias Leu a sorte do seu filho Com a cigana Maria
Ela disse, meu amigo Me corta o coração Mas se veio pra saber Vou lhe dar a explicação O seu filho vai morrer Nos chifres do boi Tufão
Fazendeiro Jeremias Mandou chamar o empregado Vai buscar o boi Tufão Deixa ele encurralado Amanhã rompendo o dia O boi vai ser degolado
O moço era obediente No cavalo foi montando Saiu pelo pasto afora Com o coração sangrando Desceu o chapéu no rosto Pra ninguém lhe ver chorando
Mataram o boi Tufão Os anos foram passando A cabeça do animal No quintal ficou rolando Naquele mesmo lugar Menino estava brincando
E na hora do almoço A sua mãe lhe chamou Garoto saiu correndo Numa pedra tropeçou Caiu na ponta do chifre Do boi que seu pai matou
Naquele sertão bravio Nada puderam fazer Foram chamar o doutor Ele não pôde atender O seu pai em desespero Vendo seu filho morrer
Menino falou baixinho Papai preste atenção Eu vou pra junto de Deus Me tenha no coração Meu destino era morrer Nos chifres do boi Tufão
Compositor: Jeronimo Divino Tomaz (Criolo) (SBACEM)Editor: Peermusic do Brasil (UBC)Publicado em 2010 (16/Jan) e lançado em 2010 (10/Fev)ECAD verificado obra #13503 e fonograma #1682978 em 10/Abr/2024 com dados da UBEM